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Conclusões

    O principal objetivo de munir os ORD de uma ferramenta que lhes permita prever os IO necessários de incluir no PDIRD, para um horizonte temporal de cinco anos, nos quais se dá principal relevo às realizadas para o primeiro biénio, foram cumpridos com sucesso. É importante salientar que as previsões obtidas nas estimações dos IO encontram-se em conformidade com as previsões disponíveis para a economia portuguesa. Conseguiu-se diminuir de forma significativa a discrepância entre as estimações dos modelos selecionados. Não havendo outros exemplos semelhantes para comparação, percebe-se uma das maiores dificuldades do estudo desenvolvido, na medida em que se partiu praticamente do zero na definição de uma metodologia.

    Quanto às diversas abordagens aplicadas aos dados de entrada, concluiu-se que a variação anual é compensatória apenas em variáveis que apresentem uma tendência constante, como se observa na estimação do IC, visto esta ser suscetível de fornecer estimações com picos elevados, saindo assim fora dos padrões definidos. Contrariamente, quando se utiliza a dessensibilização das entradas consegue-se limitar a influência dos picos existentes, aquando do treino de coeficientes, permitindo obter resultados mais consistentes, como se observou nas estimações das realizações e dos IO.

Conclui-se ainda que, mesmo usando variáveis com uma baixa relação com a saída, foi possível obter ME capazes de gerarem estimações com um erro relativamente baixo.

    O escasso histórico disponível representa a grande limitação encontrada no desenvolvimento deste estudo, tanto a nível de processos de estimação a adotar, como de possíveis conclusões a retirar das suas estimações. Acrescente-se ainda o caso dos picos nos “anos de eleições autárquicas”, aparentemente inexplicáveis pelas restantes variáveis , mas como referido com um histórico tão reduzido estas “afirmações” podem não passar de especulações.

    O desenvolvimento deste estudo mostrou-se bastante moroso, na medida em que foram necessárias explorar diversas alternativas e técnicas, de forma a encontrar a que melhor responde aos objetivos do trabalho. O programa desenvolvido mostrou ser uma mais-valia, na medida em que consegue diagnosticar e registar todos os ME possíveis de gerar em cerca de um minuto, o qual, segundo os procedimentos normais, levaria meses a conseguir-se.

 

 

 

 

Desenvolvimentos Futuros

 

    Visto que este é um estudo iniciado recentemente, existe ainda um longo caminho a percorrer, com inúmeras possibilidades e metodologias a serem testadas. No entanto, como existem prazos a cumprir, não é possível estendermo-nos a todas as possibilidades, pelo que não foi possível completar um dos objetivos do trabalho, isto é, a distribuição por UO dos IO.

    Para a realização deste ponto, aconselha-se o recurso ao programa desenvolvido, trocando apenas as entradas que se encontram distribuídas por DRC, como o NNC, NNF e as realizações, pelo valor correspondente a cada DRC. Igualmente, troca-se a saída pelo histórico correspondente a cada DRC. Posteriormente, deve fazer-se uma distribuição proporcional dos valores estimados, para que a soma destes coincida com os valores globais dos IO. 

    O banco de variáveis disponíveis já constitui um número razoável e diversificado, pelo que não se acha compensatória a inclusão de muitas mais. Contudo, existem algumas alterações que se julgam compensatórias nos dados/variáveis utilizados, aquando do treino de coeficientes em processos de estimação, tais como:

  • Reavaliar o histórico disponível para os IO, comparticipações e realizações, onde se pretende moldar/justificar os picos nestas existentes;

  • Compor um histórico das realizações com dados monetários, de forma a poder agrupar estas numa só variável;

  • Constituir um histórico com o custo afeto a obras de grande escala, como por exemplo, a instalação de grandes indústrias ou urbanizações, semelhante ao realizado para a eletrificação da Serra da Serpa. Da mesma forma, incluir nesta variável as previsões para a realização deste tipo de obras, ao analisar quais as indústrias que se pensam implementar em Portugal ou projetos de grandes urbanizações, podendo estes dados serem distribuídos por DRC.

    Quanto ao programa desenvolvido, deixam-se algumas sugestões capazes de melhorar a forma como os resultados são obtidos:

  • No processo de estimação podem ser criadas hipóteses para o recurso a mais tipos de regressões. De forma semelhante, pode ser analisada qual a regressão que melhor relação entre as variáveis apresenta e conjugar na mesma estimação diversos tipos de regressão;

  • Quanto à seleção dos melhores modelos, isto é, no processo de ordenação da MR, podem ser também conjugados com o atual critério, outros, como, por exemplo, a diferença entre o erro de treino e teste;

  • Já no processo de eliminação de ME, aconselha-se conjugar com o atual critério um desvio máximo à estimação devolvida pela média dos melhores modelos, presentes na MR ordenada.

 

 

 

 

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